"Teve uma epifania ao ver um edifício com janelas,
ele, não eu,
abaixo-assinado.
É que os milagres não vêm quando um
espera, mas sim quando querem os milagres,
vêm de outros pagos, como dizem nos Pampas,
Argentina, para chegar aqui fazem tratos estranhos.
Escrever é se libertar. Trocas, importações
por baixo, gritos, lamentos, pedidos, cumprimento de mãos,
Ganges. Pactos com a natureza, luz
por onde caem as palavras, ou, como disse Maria, se derramam.
Homens lobo convocados pela mulher em sonhos tempestuosos
em meio a turbulência do mês. Remontam fúrias
às custas de quem as leva para o derrame as remontam fúrias.
Mas a lua se apresenta, boa noite, no meio das nuvens,
boa pra quem. É que quando um espera e não aparece,
espera e não aparece, há uma tendência de inventar outros milagres,
de algo se tem que viver. Negócios, navegações, Noruega,
espero que levem o milagre se o milagre se define como um ponto.
Epifania vem de Epyphaneia, Oaxaca."
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"Tuvo una epifanía al ver un edificio con ventanas,
él, no yo,
abajo firmante.
Es que los milagros no vienen cuando uno
los espera sino cuando quieren los milagros,
vienen de otros pagos como dicen en la Pampa,
Argentina, para llegar aquí hacen tratos extraños.
Escribir es liberarse. Trueques, importaciones
de abajo, gritos, lamentos, pedidos, manos extendidas,
Ganges. Pactos con la naturaleza, luz
por donde bajan las palabras, o, como dice María, se derraman.
Hombres lobo convocados por la mujer en sueños tormentosos
en medio de la turbulencia del mes. Remontan furias
la cuesta que las lleva hacia el derrame la remontan furias.
Pero la luna se presenta, "buenas noches", en medio de las nubes,
buenas para quién. Es que cuando uno espera y no aparece,
espera y no aparece, hay la tendencia de inventarse otros milagros,
de algo hay que vivir. Negocios, navegaciones, Noruega,
ojalá llevaran al milagro si el milagro se define como un punto.
Epifanía viene de Epyphaneia, Oaxaca."
de: Circa, 1994.
en: Manto, p.151
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