La verdad menos

Permitir que alguém saiba mais de você que você mesmo:
você está apaixonado. Quem permite isso agora?
"Que notícia sabe de mim?", Garcilaso de la Vega.
Em tempos de mudança, em tempos de assombro, a tarde
cai, a sombra alcança seu nível de perfeição,
me fala que me ama. "Te amo" é uma frase que pode
se encaixar, eu falo pra você, agora você me fala, é a hora
do peixe em pássaro aurora, me fala outra vez: "Te amo".
Você e eu somos três. Não tem nada a ver com a verdade,
não tenha medo, não é uma nova classe de verdade, veloz:
é a primeira classe da verdade, a verdade menos.
Esta é a proposta para depois que chova chumbo,
para depois do pôr-do-sol, sua crista
ou a galinha bota o ovo, apaixone-se."

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"Permitirte que alguien sepa más de ti que tú:
estás enamorado. ¿Quién se lo permite ahora?
"¿Qué nuevas sabes de mí?", Garcilaso de la Vega.
En momentos de cambio, en momentos de asombro, la tarde
cae, la sombra alcanza su nivel de perfección,
dime que me amas. "Te amo" es una frase que se puede
acomodar, yo te la digo, dímela ahora, es la hora
del pez en pájaro aurora, dímela otra vez: "Te amo".
Tú y yo somos tres. No tiene que ver con la verdad,
no temas, no es una nueva clase de verdade, veloz:
es la primera clase de verdad, la verdad menos.
Ésta es la propuesta para después que llueva plomo,
para después de la puesta del sol, su cresta
o la gallina pone el huevo, enamoráte."

de: "El nombre es otro", 1997.
en: Manto, p.227.

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