"Já que não somos nada, por exemplo,
podemos ser chuva. Seguramente
a chuva nos aceita sem pestanejar, assim
que estaleja. E agora estaleja. Gotas
no vidro da janela: nos aceita,
esta ela que é a chuva nos aceita. Beija-me.
Fragilidade, lhe tece um fio à pátria do pássaro,
fraterna terminação da chuva ou acabado, lhe tece.
Espécie de caixa de papelão onde está escrito "Frágil"
com mão ágil, sem tremor por dentro. Sejamos frágeis
já que não somos oceano. Uma forma nos aceita."
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"Ya que no somos nada, por ejemplo,
podemos ser lluvia. Seguramente
la lluvia nos acepta sin titubear, aún
cuando comienza. Y ahora comienza. Gotas
en el vidrio de la ventana: nos acepta,
esta ella que es la lluvia nos acepta. Bésame.
Fragilidad, téjele un hilo a la patria del pájaro,
fraterna terminación de la lluvia o acabado, téjele.
Especie de caja de cartón donde está escrito "Frágil"
con mano ágil, sin temblor adentro. Seamos fragiles
ya que no somos océano. Una forma nos acepta.
de: La vida mantis, 1993.
en: Manto, p.89.
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