vaca

"Nem natural nem mãe terra nem um quarto
minguante: eu me meto em seu couro, vaca,
aberta em Suez porque lhes deu vontade,
bordoada, fome, tudo é nada, tanto faz.
Sem bezerro que se meta por sua luz quente
vazia de ânimo, mentes, lâmpadas, quieta, cava
pouco, canta como flamenco até perder a forma
arbitrária por tanta ordem, nada, não quero saber,
dentro de seu couro me curo."

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"Ni natural ni madre tierra ni cuarto
menguante: yo me meto en tu cuero, vaca,
abierta en Suez porque les dio la gana,
andanada, hambre, todo es nada, da igual.
No ternero que se mete por tu luz caliente
vacía de aliento, mentes, lámparas, queda, cava
poco, canta como flamenco hasta perder su forma
arbitraria por tanto orden, nada, no quiero saber,
dentro de tu cuero me curo."

de: El nombre es otro, 1997.
en: Manto, p.233-234.

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